quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Escrivaninha ou Ninho, como saber?




Quantas imagens pensadas, vistas somente no interior da mente?
Quantos quadros e matizes que ficaram por se eternizar?
Quantos sonhos não vividos?
Quantas rimas inacabadas?
Quantas expectativas frustradas?
Como saber daquilo que te devora alma pelo simples fato de não sê-lo?
Como saber?
Do mal existencial que somente se purga no sonho, na raiva, no torpor, ou quiçá na morte?
O sonho controlado? Incontraláveis desejos...
Toda a verbe que fugidia, que não salta pra folha, fica, se enraíza em pasto, do voo plano do corvo
Pasto fértil, porque não semeado pra florir em outros olhos, e contido em si,
Dentro do que sonha
Por dentro e por fora,
O que não solta, se alastra aos poucos, e o toma e o transforma pasto,
Decifra-me ou devoro-te,
Esse algo que pupula no peito,
que aniquila com o tempo e
que aos poucos controla, e suga a seiva,
A escravinha onde se debruçam os sonhos e palavras contém um ninho de ovos.

Amy, Amy, Amy

Porque apaixonante?
Porque inesquecível?

Voz que evola
Sussurra e agrada
Atinge e desata
Lirismo n’alma

Uma atitude, uma flor, um olhar
Uma nota na eternidade




As árvores morrem, mas ficam de pé


Árvore sempre árvore
Antes semente, em germe
Chuva e terra que alimente
Broto e tempo novo
Mas sempre árvore

Renovo de muda
Que muda de solo
E sempre fala
Daquilo que é, enfrenta e rebate
Árvore sempre árvore

As flores chegam
Os frutos nascem
As folhas caem
Memorial dessarte
Árvore sempre árvore

Não se abate
A sombra doa
O alimento vivifica
Árvore sempre árvore