sexta-feira, 29 de abril de 2011

Unite le mani per il futuro

Entre as imagens do casamento real que mais me chamaram a atenção, e que tenho viva até agora na memória, são das mãos dadas do casal real enquanto dirigiam-se para porta do templo. Por instantes houve silêncio, e toda e emolduração da cena apagou-se: o antiquíssimo templo decorado, as questões da linhagem nobre, o histórico das famílias, o fato histórico diante dos meus olhos, as considerações dos jornais sobre a "modernidade" do relacionamento do casal, a mídia etc. Tudo ficou menor e naquele instante enxerguei o homem conduzindo sua mulher de forma leve e não menos elegante, deixando-se conduzir por ela também. Conduzindo um ao outro, num gesto ou ato de resignificação de um povo que a lado da tradição, se apóia nela para seguir em frente. O apoio mútuo residia a cada troca de olhar. Apagou-se a imagem do herdeiro de uma dinastia milenar, o militar (nas cores imponentes de seu uniforme), eu vi que a verdadeira realeza de um homem está em seus gestos, na sua conduta, como é feliz quando conduz sua vida na verdade, e disto pode desfrutar da felicidade de suas escolhas. Este casamento ficará em minha memória. Não apenas por ser um momento histórico que posso vivenciar. É mais, porque algumas cenas suscitaram conclusões importantes que tem forte significação com o meu momento de vida pessoal. Já no final do trajeto, quando a carruagem parou na entrada do castelo, me encontrei surpresa ao ver o príncipe segurando o buquê de flores e de maõs estendidas para que a sua princesa descesse da carruagem, contudo ela desceu sozinha. Simples assim. Mais do que reflexões acerca das relações de gênero ou realeza, Kate, ops! Princesa Catherine está mostrando porque foi a escolhida.